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Como surge o paladar

 

 

Recente pesquisa do Instituto Ipsos sobre a alimentação infantil mostrou que 73% das mães afirmaram que os filhos não comem hortaliças e legumes e 46% não consomem frutas. Outras pesquisas já evidenciaram que o consumo desse grupo de alimentos está muito abaixo do padrão recomendado, entre as crianças.

 

Mas, por que isso acontece? A formação dos hábitos alimentares começa bem antes do que se imagina e o ato de comer vai além da ingestão de nutrientes para suprir as necessidades fisiológicas. A comida deve proporcionar prazer e fazer parte do convívio social e familiar, fatores que também influenciam nos hábitos alimentares.

 

Para entender melhor esse comportamento, é importante lembrar que as crianças copiam o padrão alimentar dos pais. Isso tem início na gestação, quando o feto sente os diferentes sabores dos alimentos consumidos pela mãe, através do líquido amniótico. O mesmo acontece na amamentação: quanto mais saudável e variada for a alimentação da mãe, melhor para o bebê e, nesse caso, trocar a amamentação pela mamadeira é uma péssima escolha, pois a criança provará sempre o mesmo sabor e isso vai influenciar na nutrição para o resto da vida.

 

As características sensoriais também são determinantes nesse processo, principalmente o paladar, que é individual assim como outros fatores genéticos (cor dos olhos e tipo do cabelo). Por esse motivo é preciso respeitar a autonomia das crianças na escolha dos alimentos e os pais devem controlar a ansiedade: não adianta entrar em pânico quando a criança não quer comer.

 

Além dos fatores ambientais já citados, existem dois comportamentos que também podem explicar essa reação. São eles: a neofobia, que é caracterizada pelo medo ou pela relutância em comer um alimento novo. Geralmente acontece entre os 18 e 24 meses e está associada à ansiedade e às emoções. A neofobia pode ser hereditária ou ter relação com o ambiente familiar. Já o pickness, termo utilizado para crianças que comem uma variedade insuficiente de alimentos. Na fase pré-escolar, aparecem as preferências aos alimentos mais palatáveis, que são normalmente os mais calóricos e com grande quantidade de gordura e açúcar.

 

E finalmente, é preciso lembrar que o importante não é a quantidade de alimentos consumidos e sim a qualidade e a variedade. A infância é uma época de grande importância para estabelecer hábitos saudáveis como uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos.

 

Crianças que não têm acesso a uma dieta equilibrada podem apresentar limitação intelectual, pois a capacidade de aprendizado é influenciada pela nutrição. Portanto, uma nutrição variada e equilibrada é condição fundamental para promover o bem-estar físico, mental e social das crianças.

 

Como introduzir novos alimentos? A dica dos nutricionistas é insistir até 10 vezes, sempre dando um espaçamento entre as tentativas. Porém, se seu filho simplesmente rejeitou o brócolis todas as vezes, respeite. Ele pode simplesmente não gostar do vegetal. Substitua por outro que tenha nutrientes semelhantes.

 

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